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NOVIDADES

" Eu nunca tive o prazer de conhecê-la, então por isso penso assim. E, também, por que eu sei que nunca mais terei a chance de vê-la; pois, quando me removeram de dentro dela, eu já não podia mais ver.São tantas, as perguntas, que chego, às vezes, a ser chata, mas é que não tenho nada pra contar, pois não vivenciei nada que não fosse o aconchegante corpo de minha mãe. Queria ter tido uma única chance de provar, para a minha mamãe, que eu seria uma boa menina e que ela se orgulharia muito de mim, e não se arrependeria nem um pouco de me ter ao seu lado. Se ela soubesse disso, teria me aceitado, tenho certeza!Era tão bom, eu estava lá no meu cantinho, tão aconchegante e tão quentinho, e mamãe me alimentava, até a chegada daquela coisa. Aquela lança pontiaguda de ferro que começou a me ferir, me perfurando de um lado para o outro, me machucando inteira em meu sofrimento. Eu tentei gritar, mas acho que nem a mamãe nem qualquer outra pessoa poderiam ouvir, pois meu grito era silencioso, ecoando apenas na minha cabeça. Eu senti muita dor, queria que mamãe tivesse me defendido de alguma forma contra aquilo, mas ela não fez nada. Não teve nenhuma reação, às vezes chego a imaginar que ela até gostou de tudo aquilo que estava acontecendo comigo."

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